quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Poesia

SABOR DOCE DE SAL

Escuto as ondas do mar a fazer chuá, chuá
Batendo em um rochedo gigante, querendo o acordar,
As ondas batem sem dó e o rochedo parece chorar,
Em uma chuva de lágrimas que vêem a me respingar;

Respingos que me deixam molhada, feliz ao me encharcar,
Se para o rochedo é surra, para mim é refrescar,
Molho-me de água salgada, que espirra sem parar
É uma chuva prateada, que me traz o cheiro do mar;

Cheiro de coisa gostosa que o mar sempre nos dá,
Seja banho, seja sal, seja fruto do mar,
Seja um belo mergulho para lhe admirar,
Seja peixe ou coral sempre a lhe decorar;

Seja em sonho ou de verdade ninguém pode contestar,
O mar tem o cheiro tão doce, que nenhum sal pode salgar,
No seu verde azulado, o sonho vem decorar,
Benditos sejam seus frutos, que servem pra alimentar;

O mar é amigo daquele que o respeitar e salvar,
Sem ele nós morreremos, sem chuva, alegria e sem lar,
Pois sem mar a terra seca, e se ele um dia acabar,
Nem mesmo o ouvido de Deus, ouvirá o chuá, chuá.

por Silvana Franco

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